domingo, 27 de maio de 2012

love of my life


És o amor da minha vida. Com tudo o que isso significa. Com tudo o que sei e tudo o que ainda não sei. Mas sei que serás o meu último pensamento. Sei que serás a última pessoa que quererei ver. Sei que a minha vida mudou desde o dia em que te conheci e que, quando sem ti, ela me parece desprovida de brilho e de luz. E que será sempre assim nos momentos em que não estiveres perto. Sejam muitos ou poucos momentos, serão sempre assim.

Assim como serão preenchidos de vida todos os dias em que estiveres ao meu lado. Não se escolhe o grande amor da nossa vida. Acho que se encontra esse aor porque é o único que está escrito no destino. E, mais cedo ou mais tarde, nos cruzamos com ele. Por isso me cruzei contigo da forma mais improvável do mundo. Porque desde o início da minha vida estava escrito que assim seria. Sei que tudo farei para estarmos juntos até ao fim. Sei que se morreres antes de mim pouco tempo durarei. Mas nada disso me assusta. Assustava-me não te ter conhecido. Assustar-me-ia se soubesse que não viveria a minha vida contigo. Mas talvez aí não houvesse muita vida... É assustador amar-te tanto. Mas compensa. De cada vez que sorris. De cada vez que me olhas com o teu amor. De cada vez que apagamos as luzes e adomecemos abraçados. De cada vez que acordo a meio da noite e te procuro na cama para te abraçar. Assusta amar tanto.

Mas não podia ser de outra forma. E eu tenho coragem para te amar assim. Até ao fim. Porque, depois de eu morrer, quero que falem ainda do grande amor que nos uniu.

Somos novos, bonitos, cheios de luz. Mas um dia já não estaremos aqui. Mas que fique sempre a memória destes dias em que todo o amor é possível para toda a vida.

Que fique sempre o amor, amor da minha vida.

Eu amo-te.

domingo, 15 de abril de 2012

failure tale

Failure tale











a história do amor


para a Sofia, por tudo...

prenúncio de um milagre


Naturalmente

É mais fácil ir.



ninguém aprende a nadar contra a corrente.



mas talvez eu saiba o milagre.



e mesmo contra a corrente



eu nade



até



ti.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

a dança do carbono


Isto é para ti. Não sei o que é isto. Sei que existe porque o movimento dos meus dedos me o demonstra e sei que é para ti porque, neste momento, nada mais existe no meu pensamento.

Isto é para ti.

Podia ser uma história.

Podia ser um poema.

Podia ser uma dissertação.

Podia.

Mas não é. É isto.

Porque me aborrecem os conceitos. Porque em cada conceito nada mais vejo do que uma clausura, uma jaula em que nos apoiamos para nos definirmos e que, invariavelmente, nos nega a visão absoluta das coisas. Nos nega o infintio.

Isto é o infinito. E é para ti. Porque me devolveste algo que um dia perdi. Porque em ti trazes a essência de algo que está para lá da compreensão possível. Para lá da compreensão impossíviel.

Somos uma história que rasga os dias. Somos uma lenda que que incendeia os momentos. Somos um sonho que jorra em golfadas de luz por entre um mundo absurdamente cinzento. De pessoas cinzentas. De cores que desistem e se esbatem até que apenas o cinzento delas resta. Como se de um obituário cromático se tratasse.

Somos um movimento em sentido contrário ao movimento do movimento que disciplina todas as coisas que se movem.

Não há disciplina que se nos imponha. Porque somos um sonho. Porque juntos, temos a impertinência de viver cores que tomam conta dos dias, devolvendo-lhes a brutalidade cromática que um dia um deus sonhou.

Em todos os momentos, o que somos podia ser escrito em palavras que não existem. Em palavras qu não exisitirão nunca. Uma vez mais, poque todas as palavras são uma clausura. E o carbono que dança entre os filamentos do nosso adn, é puro e, como todas as coisas puras, é infinito.

Mil vezes nos mergulhamos nas labaredas de uma história irepetível. Cada conversa, cada olhar, cada soriso, cada silêncio, cada gesto, cada quase gesto, cada tudo, cada nada, e cada tudo o que não é tudo nem é nada e é, ao mesmo tempo, tudo e nada, e, ao mesmo tempo ainda, quase nada e quase tudo alternadamente.

Isto que escrevo para ti é o movimento do meu corpo e do teu. Rasgando os dias, como se fôssemos vento. Rasgando os dias como se fôssemos enormes massas de água indomáveis. Rasgando os dias como se fôssemos labaredas de um fogo que apenas um deus poderia ter sonhado.

Isto que escrevo é o movimento do meu corpo e do teu. É a própria essência do amor. Só que o amor não tem essência. E o amor não existe. Mas nós violentamos as regras da lógica e do absurdo e o amor que não existe, existe quando entras na minha vida e a enches com toda a luz do mundo. E a essência que não existe do amor que não existe, existe quando entras nos meus dias e eu sinto que todas as cores do mundo se agitam em meu redor.

Vejo-te por entre uma embrriaguez de sentidos. Vejo-te por ente constantes desafios de pensamento e não pensamento. Vejo-te por entre uma realidade que não suporta a leveza do peso absurdo de duas almas que se amam na fragilidade invencível de um sonho.

Vejo-te por entre uma não realidade que se verga perante a violência divina de dois corpos que se fodem como se fodessem pela primeira vez, pela última vez, por todas as vezes. Como dois corpos que se fodem como se hasteassem bandeiras de sonho em locais desconhecidos de um um mundo sem nome a que eu chamo amor, a que eu chamo o teu próprio nome.

Somos uma lenda. Somos um poema. Somos algo que está perto disto. Algo que vive para lá das fronteiras.

Para lá do fim do mundo. Para cá do princípio do mundo. Onde não existem fomas de entrar ou sair da realidade.

Num mundo em que todas as portas estão fechadas.

Mas em que nós desenhamos janelas, e uma e outra vez, nos reencontramos enquanto o carbono dança, por entre os filamentos do nosso adn, essa dança de loucura, de sonho, de infinito, paixão e amor.

um estudo sobre as flores e a felicidade relativa


São assim estes dias... tu andas por aí da forma como dizes que queres andar e eu estou sentado no mesmo local de onde tu saíste há algum tempo atrás. Neste local é difícil não sentir a tua ausência. Como provavelmente o será de qualquer sitío onde eu esteja.

Dizem que levamos as coisas connosco, que nos levamos a nós própios para todos os sítios onde vamos. E que, por isso, nunca poderemos escapar de nós próprios e do nosso destino se é verdade que o destino existe.



Agora já não me preocupa como me preocupava antes. Descobri que não posso fazer muito mais do que tudo o que tenho feito. E que mesmo o cepo é um bom local para descansar se percebemos que, para onde quer que decidamos ir, levamos a guilhotina atrás de nós... Eu prefiro pensar que descanso a minha cabeça sobre um manto de flores. E que são flores, e não uma lâmina, que pendem sobre a minha cabeça.

Não tenho razões para não acreditar que deus tem o melhor guardado para mim. Mesmo que o melhor seja algo com que eu não saiba ainda sequer sonhar. Ao longo de toda a vida foi assim. Ele protegeu-me sempre em todos os momentos em que eu necessitava de protecção. Por isso cheguei inteiro e saudável a tão perto dos meus 37 anos de idade.

É por isso que acredito firmemente que repouso sobre um manto de flores. Nada me dói. Nada me angustia. Às vezes é só deixar de prender os sentimentos a nós. E eles vão porque afinal até nem querem nada connosco. Somos nós que nos sentimos mais nós próprios aterrados debaixo da gravidade de sentimentos pesados.

E às vezes a leveza vale mil vezes mais.

Às vezes as flores são tudo o que nos rodeia só que nós não vemos porque fechamos os olhos, fazemos os nossos próprios filmes e achamos a isso realidade.

A realidade pode ser tanta coisa. Dpende da forma como olhamos para as diversas coisas que temos na vida.

Aquele que ama amará sempre. Mesmo que mude o objecto do seu amor. Como na gramática, também na vida o verbo é mais importante do que o sujeito.

E não é fácil aprender a conjugar raios de sol em dias de chuva.

Mas às vezes aprende-se só por se parar de tentar aprender.

E então o nosso corpo absorve uma sabedoria mil vezes maior do que aquela com que o queríamos alimentar.

O nosso corpo sabe mais sobre nós do que nós próprios.

Há uma parte de nós que já chegou ao futuro. E não adianta querer fazer outro futuro.

Deus não escolheu à toa.



Então basta acreditar. Fluir.

Que tudo acontece.

Até as flores. Mesmo que sejam outras.

E aprendemos que quando pararmos de tentar, então aí seremos verdadeiramente felizes.